O DNS (Domain Name System) é o sistema que converte nomes de sites em endereços IP numéricos, atuando como um tradutor entre navegação e a comunicação de dispositivos na internet.
Sem o DNS, seria necessário memorizar longas sequências de números para acessar qualquer site, algo inviável em uma rede global com bilhões de endereços.
Neste artigo, você vai entender como o DNS funciona, seus tipos e serviços, e por que ele é imprescindível para a velocidade, segurança e estabilidade da sua conexão.
- O que é DNS?
- Quais os tipos de servidores de DNS?
- Como funciona o DNS?
- Tipos de serviço DNS;
- Diferença entre servidor DNS autoritativo e DNS recursivo
- Tipos de consulta DNS;
- Segurança de DNS;
- DNS público e DNS privado: diferenças;
- Como surgiu o DNS?
O que é DNS?
DNS (Domain Name System) é o sistema que traduz nomes de sites em endereços IP, permitindo que os usuários acessem sites na internet de forma rápida e fácil.
Portanto, o DNS funciona como uma “agenda” da internet, permitindo que usuários acessem páginas sem precisar decorar números complexos.
Na prática, o DNS garante que cada domínio seja ‘traduzido’ corretamente para o servidor onde o site está hospedado, tornando a navegação mais simples, rápida e organizada.
Quais são os tipos de servidores DNS?
Os servidores de DNS são responsáveis por armazenar, processar e responder às consultas que transformam nomes de domínio em endereços IP. Confira os principais tipos de servidores de DNS e suas funções:
- Servidor DNS Recursivo (Resolver): é o primeiro a receber a solicitação do usuário. Ele busca a resposta consultando outros servidores até encontrar o endereço IP correspondente.
- Servidor DNS Raiz (Root Server): é o ponto de partida do sistema DNS global. Direciona a consulta para o servidor responsável pelo domínio de topo (.com, .org, .br etc.).
- Servidor de Domínio de Topo (TLD): gerencia os domínios de alto nível, como .com ou .br, e encaminha a solicitação ao servidor autoritativo.
- Servidor Autoritativo: contém as informações oficiais de um domínio e fornece a resposta final, informando o IP correto do site.
Como funciona o DNS?
O DNS opera em uma estrutura hierárquica e distribuída chamada resolução de nomes, responsável por localizar o endereço IP correspondente a um domínio digitado no navegador. O processo segue estas etapas:
- Consulta inicial: o navegador envia a requisição ao servidor DNS configurado no dispositivo.
- Verificação de cache: se o endereço já foi acessado, o IP é recuperado imediatamente.
- Servidor raiz: se não estiver em cache, o servidor recursivo consulta os root servers, que indicam o domínio de topo; então, o Servidor TLD direciona a consulta para o servidor autoritativo.
- Servidor autoritativo fornece o IP oficial do domínio.
- Conexão final: o navegador usa o IP retornado para acessar o site.
O que é DNS no celular ou PC
O DNS no celular ou PC é o sistema responsável por converter nomes de sites em endereços IP, permitindo que o dispositivo encontre e acesse páginas da internet.
Sempre que você digita um endereço como www.alares.com.br, o DNS identifica o servidor correto e faz a conexão automaticamente.
No dia a dia, ele funciona de forma invisível, mas influencia diretamente na velocidade, segurança e estabilidade da navegação.
- No celular: o DNS é configurado automaticamente pela rede móvel ou Wi-Fi, mas pode ser alterado manualmente para melhorar o desempenho e privacidade.
- No PC: ele é definido pelo roteador ou sistema operacional, podendo ser trocado por opções públicas como Google DNS (8.8.8.8) ou Cloudflare (1.1.1.1).
Tipos de serviço DNS
Os serviços DNS são responsáveis por transformar nomes de domínio em endereços IP, garantindo que os usuários possam se conectar aos sites de forma rápida e segura.
Entre os principais tipos, destacam-se o DNS autoritativo e o DNS recursivo, que trabalham em conjunto durante o processo de resolução de nomes. Confira abaixo.
DNS autoritativo
O DNS autoritativo é o serviço que detém a autoridade final sobre um domínio. Ele mantém os registros oficiais (como endereços IP e aliases) e é responsável por responder às consultas dos servidores DNS recursivos com informações precisas.
Esse serviço também oferece mecanismos de atualização, permitindo que desenvolvedores gerenciem e modifiquem seus domínios públicos sempre que necessário.
Em resumo, o DNS autoritativo é quem confirma a informação verdadeira sobre um domínio, garantindo que o tráfego seja direcionado corretamente.
DNS recursivo
O DNS recursivo (ou resolver) é o serviço que atua como intermediário entre o usuário e os servidores autoritativos. Quando você digita um site no navegador, é o DNS recursivo que inicia a busca pelo endereço IP correspondente.
Ele funciona como um concierge digital: não possui os registros originais, mas sabe onde encontrá-los. Caso tenha a informação armazenada em cache, responde imediatamente; se não, encaminha a consulta a outros servidores até obter a resposta correta.
Diferença entre servidor DNS autoritativo e DNS recursivo
Embora ambos sejam partes determinantes da infraestrutura do DNS, o servidor autoritativo e o recursivo exercem funções distintas dentro do processo de resolução de nomes. Veja:
- O resolvedor DNS recursivo é o primeiro ponto da consulta. Ele recebe o pedido do usuário (por exemplo, quando você digita um site no navegador) e é responsável por encontrar o endereço IP correspondente. Caso não tenha a resposta armazenada em cache, o resolvedor encaminha a solicitação a outros servidores até obter a informação correta.
- Já o servidor DNS autoritativo é o último ponto da consulta. Ele contém os registros oficiais do domínio (como A, MX, CNAME e TXT) e fornece a resposta final e definitiva ao resolvedor, informando o IP correto para o domínio solicitado.
3 tipos de consulta DNS
Durante o processo de resolução de nomes, três tipos de consultas DNS podem ocorrer. Cada uma delas define como o servidor lida com a solicitação do cliente (como o navegador ou sistema operacional) e impacta diretamente a eficiência e o tempo de resposta.
Em uma situação ideal, o servidor já possui o registro em cache, permitindo uma resposta imediata por meio de uma consulta não recursiva. Quando isso não acontece, entram em ação os outros dois tipos de consulta. Vamos aos tipos:
Consulta recursiva
Na consulta recursiva, o cliente DNS solicita que o servidor (geralmente um resolvedor recursivo) retorne a resposta completa ou uma mensagem de erro caso não consiga localizar o registro.
Nesse modelo, o resolvedor assume toda a responsabilidade pela busca, consultando outros servidores até encontrar o IP correspondente ao domínio solicitado.
- Exemplo: ao digitar www.alaresinternet.com.br, o resolvedor recursivo consulta os servidores raiz, TLD e autoritativos até obter o endereço IP final.
Consulta iterativa
Na consulta iterativa, o cliente DNS permite que o servidor retorne a melhor resposta possível, mesmo que ela não seja definitiva.
Se o servidor não souber o endereço exato, ele indica outro servidor mais próximo da resposta, normalmente um servidor autoritativo de nível inferior. O cliente, então, faz uma nova consulta para esse servidor indicado.
Esse processo se repete até que o endereço IP seja encontrado ou o tempo limite da consulta seja atingido.
Consulta não recursiva
A consulta não recursiva ocorre quando o servidor DNS já possui a resposta armazenada em cache ou é autoritativo para o domínio solicitado.
Nesse caso, a resposta é retornada imediatamente, sem necessidade de novas buscas, o que reduz o tráfego e melhora a performance da rede.
Importante: servidores DNS armazenam temporariamente registros em cache para evitar consultas desnecessárias e diminuir a carga sobre os servidores de nível superior.
Segurança de DNS
A segurança de DNS é o conjunto de práticas e tecnologias voltadas à proteção da infraestrutura do Domain Name System contra ataques cibernéticos.
Como o DNS é responsável por direcionar praticamente todo o tráfego da internet, qualquer vulnerabilidade pode permitir que invasores redirecionem usuários para sites falsos, capturem dados ou interrompam o acesso a serviços online.
Uma estratégia eficaz de segurança de DNS inclui:
- Servidores DNS redundantes, que mantêm o sistema ativo mesmo em caso de falhas ou ataques;
- Protocolos de autenticação, como o DNSSEC (Domain Name System Security Extensions), que asseguram que as respostas DNS não foram alteradas;
- Políticas rigorosas de registro e atualização de DNS, prevenindo alterações não autorizadas em domínios.
Diferenças entre DNS público e DNS privado
As empresas e organizações podem adotar diferentes estratégias para gerenciar sua resolução de nomes, utilizando DNS público, DNS privado ou até uma combinação híbrida entre os dois.
Entretanto, embora ambos desempenhem funções semelhantes, eles operam em contextos e propósitos distintos.
DNS público
O DNS público é acessível a qualquer usuário da internet. Ele normalmente se refere ao lado do resolvedor do DNS, que realiza consultas recursivas a servidores autoritativos para conectar o usuário ao site desejado.
Esses servidores são mantidos por provedores externos, como Cloudflare (1.1.1.1), Google (8.8.8.8), Quad9 e OpenDNS, e são oferecidos gratuitamente.
Os usuários não têm controle sobre suas políticas ou configurações, apenas utilizam o serviço para obter respostas rápidas e confiáveis na navegação.
Principais características do DNS público:
- Acesso aberto e global;
- Mantido por terceiros;
- Voltado para consultas públicas e resolução de sites externos;
- Ideal para desempenho e segurança básica em larga escala.
DNS privado
O DNS privado, por outro lado, é configurado dentro de uma rede interna e atua como servidor autoritativo para recursos locais, como sistemas corporativos, aplicações internas e subdomínios restritos.
Esses servidores ficam protegidos por firewalls e só podem ser acessados por usuários, dispositivos e redes autorizadas.
Diferente do DNS público, o privado oferece total controle à organização, permitindo personalizar registros, aplicar políticas de segurança e definir esquemas de nomenclatura próprios.
Principais características:
- Acesso restrito e controlado;
- Gerenciado internamente pela empresa;
- Armazena apenas registros internos;
- Proporciona maior privacidade e personalização.
Como surgiu o DNS?
O Domain Name System (DNS) surgiu no início da década de 1980 para resolver um problema crítico: a expansão da internet tornava impossível manter, manualmente, a lista de todos os endereços e nomes de computadores conectados.
Até então, essa tarefa era feita por meio de um arquivo central chamado hosts.txt, que precisava ser atualizado e redistribuído constantemente, um processo lento e limitado.
Em 1983, Paul Mockapetris, pesquisador do Information Sciences Institute (ISI) da University of Southern California, apresentou uma nova solução: o DNS, um sistema que permitiria associar nomes de domínio a endereços IP de forma automática.
A proposta substituiu o modelo centralizado por uma rede de servidores organizados em níveis os domínios de topo (.com, .org, .br) e os subdomínios (exemplo.com).
Essa estrutura trouxe descentralização, eficiência e delegação administrativa, permitindo que cada organização gerenciasse seus próprios nomes.
Em 1987, as RFCs 1034 e 1035 consolidaram o padrão do DNS, que continua sendo a base do sistema global de nomes da internet.
Graças à arquitetura criada por Mockapetris, a web se tornou navegável, acessível e escalável, conectando bilhões de dispositivos no mundo todo.
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O DNS é a base que mantém a internet funcionando de forma rápida e intuitiva, conectando usuários e servidores em milissegundos. É o elo que transforma nomes em endereços e garante que cada clique leve você exatamente para onde precisa estar.
Assim como o DNS conecta tudo na web, a Alares conecta você ao que há de mais importante para navegar: uma internet estável, segura e de alta performance.
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